"Naquele dia, ele levantou-se cedo, arrastando-se pela casa como um sonâmbulo. Encheu uma caneca de leite e café, quase sem abrir os olhos, e sentou-se à janela da cozinha, deixando a claridade habituar-se à sua presença. E foi sorvendo assim os primeiros raios de Sol, até sentir coragem suficiente para enfrentar o resto da sua rotina.
Fazer a barba, tomar duche, vestir, conduzir até ao trabalho, trabalhar, trabalhar, trabalhar, pausa para café, reunião, almoço, trabalhar, trabalhar, trabalhar, pausa para dois dedos de conversa com o colega do lado, encerrar a sessão, voltar para casa... Um suspirar de alívio depois de um dia sufocado..."
A vantagem do narrador, pensou ela, é poder saber o que se passa dentro das personagens. É saber que música ressoa nos seus pensamentos, é conhecer-lhe as pulsações e frequência respiratória, é adivinhar-lhe as decisões ainda antes de haver opções...
E ela queria ser a narradora dele...
segunda-feira, setembro 21, 2009
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3 comentários:
O problema é que as personagens ganham vida própria... são muito desobedientes. :)
=)
deixo de cá vir uns dias, e tenho imensos textos para ler!!! só me dás trabalho!!!
mas um bom e agradável trabalho...
parabéns minha princesa!!!
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