domingo, outubro 19, 2008

Destino (in)certo



Frágil estado embrionário
Deste fado imaginário
Construído sobre areia.
Molda-se e abre caminho
Ao final de cada história.
Cresce em nós, faz-se memória.

Ainda indeterminado
Sem género, sem cor,
Sem cara, sem fulgor,
Num ventre guardado no tempo,
É estática e movimento.
Apenas um pressentimento
De algum ódio, amor ou alento...

Sem espaço para ser criança
Desenvolve-se a promessa
De um viver no estado adulto...
Um respirar de um vulto,
Uma sombra, um arrepio,
Mais um parágrafo esguio
Do nosso passar...
Temos um futuro fértil
Até acabar.

      3 comentários:

      Daniel disse...

      Véri náice,ovâról.Soa bem,e tem suminho filosófico.Gosto@

      Ana Jones disse...

      gosto gosto querida minha love of minha vida... :P
      tenhoo 3 novos, que me sairam de rajadaaaa... va la ver...
      :P

      Anónimo disse...

      Hoje estou farto da minha vida. Vida de morto sem motivo.
      Moldei caminho sobre a areia.
      Com trabalho e dedicação do nada fiz tudo.
      Reconheço que estou perdido no caminho que tracei.
      Não há espaço para ser criança nem tempo para ser adulto
      Os verdes anos já lá vão e com eles a liberdade, que nunca foi muita
      Não me odeio, não odeio ninguém, nem tão pouco me queixo
      Apenas tenho pena de ver o esforço castrado e o futuro como incógnita