Feia, violenta, enraivecida...
Quis arrancar os ponteiros com que ele
Me marcou a face toda a vida.
Segurei-os com ambas as mãos
Para lhes impedir os movimentos,
Tentar alargar os meus minutos,
Dar aos dias alguns prolongamentos.
Mas a força dos desejos incompletos
Que o tempo me impede de preencher
Revelou-se insuficiente para alterar
A duração que a vida tem de ter.
E aí gritei com o Tempo, chorando,
Por ter a vinte e quatro reduzidas
As horas que queria repartir
Por mil ambições comprometidas.
13/02/07
5 comentários:
"Não, não consigo parar o tempo
por mais que tente.
E tanto que preciso
que ele espere por mim..."
Giro o poema... I like it!
Ainda bem que gostas, amor. E isso, foste tu que escreveste ou é um citação de algum poeta que eu desconheço?
Musica de Quinta do Bill
;P
Eu sei como ganhar minutos e tu também.Mas são minutos á frente, minutos por vir.Minutos que não vês,que não sabes se chegas a sentir...
Esses minutos, temo, só me apercebi que os ganhava depois de ter escrito isto... São sem dúvida os minutos mais doces e mais meigos.
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