Um único momento de solidão... Não há medo, não há perigo, não há vergonha... Não há ruído, não há movimento... Ela aconchega-se nesse segundo de existência isolada...
Acompanha-a um pouco de silêncio... Sem pautas, sem compassos, sem semibreves ou colcheias... Uma grande sinfonia composta de pausas intercaladas com pequenos nadas...Uma melodia feita de vazio...
Cobre-a um véu de sopros... Sem ninguém a observar, o seu corpo confunde-se com a atmosfera... Ela cobre-se de transparência fina, e não se esconde...
Tudo isto e tudo nada... Sózinha a sua mente divaga... Pensa que existe paz numa alma que ninguém vê, ninguém toca, ninguém sente...
Por fim, esqueceu-se de si própria... O silêncio tomou a sua voz como sendo parte dele. O ar engoliu a sua silhueta, incorporou-a na sua invisibilidade. Os espíritos apagaram-lhe a presença...
Ela tinha medo, apenas o escondia... Corria perigo, mas não sabia... A sua vergonha, só ela conhecia... Mais ninguém viu que desaparecia...
2 comentários:
Some people keep fading out,day after day.Some people just never shone.
gosto...
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