Tantas foram as batalhas,
As derrotas,
As vitórias,
Tanto sangue nas memórias
De quem conduziste à morte...
Tantos soldados sem sorte
Enterrados sem as glórias
De viver longas histórias...
Tanta vida, tantas horas...
Tantos desejos fatais,
Golpes duros,
Sonhos brutais,
Tanto ódio plos demais
Toldando-te a visão...
Tanto fogo sem razão,
Chamas sem emoção,
Sem esperança, sem vontade,
Incêndio sem liberdade...
Tantos condenados
À maldição
De novos fados,
Corações tão mal-tratados,
Sem amor e sem cura...
Tantos olhares amargurados
Nas garras da loucura...
Tantas paixões, tantos futuros
Sem abraços ou ternura...
Tanta dor por ti causada,
No fim não traz mais nada
Do que o som da tua espada
A exigir justiça ao mundo...
E nesse último segundo,
Dessa existência irada,
És todo-poderoso:
Até a tua má sorte
Foi por ti comandada...
1 comentário:
A justiça de um só homem raramente é justa,por nunca ser universal.Mas é mesmo isso que retratas.Giro!
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