domingo, outubro 19, 2008

Destino (in)certo



Frágil estado embrionário
Deste fado imaginário
Construído sobre areia.
Molda-se e abre caminho
Ao final de cada história.
Cresce em nós, faz-se memória.

Ainda indeterminado
Sem género, sem cor,
Sem cara, sem fulgor,
Num ventre guardado no tempo,
É estática e movimento.
Apenas um pressentimento
De algum ódio, amor ou alento...

Sem espaço para ser criança
Desenvolve-se a promessa
De um viver no estado adulto...
Um respirar de um vulto,
Uma sombra, um arrepio,
Mais um parágrafo esguio
Do nosso passar...
Temos um futuro fértil
Até acabar.